sábado, 3 de setembro de 2011

El rock nacional

A Argentina é o país do rock. Pelo menos na América Latina não existe nação mais roqueira que a argentina. Em cada garagem há uma banda ensaiando, em cada festa tem sempre alguém tocando uma guitarra e em cada balada o momento "rock nacional" levanta a galera. E não têm nada disso de tango-rock  (como o samba rock brazuca) é rock, puro e simples.
   O roqueiro clichê é o "rolinga", fanático por Rolling Stones (daí o nome rolinga) na versão internacional e de Los Redondo, Ratones Paranoicos e Viejas Locas na nacional. O estilo é facilmente reconhecido pelos bairros da grande Buenos Aires: cabelo com mullet (muito mais imponente que o mullet típico argentino), franjinha, camiseta da boca Stones e 1 litrão de quilmes na mão. Por mais que muita gente não curta (eu, por exemplo) os rolingas influenciaram e muito o Rock Nacional. Vai lá na wikipedia pra ver: http://es.wikipedia.org/wiki/Rolinga




Los Redonditos de Ricota (também conhecidos como Los Redondos). Clássico platense, presente em 9 das 10 festas universitárias da cidade.
                               
   O rock cheto (esnobe) é, obviamente, porteño (de Buenos Aires capital). É lindo de escutar e de ver. Roupas estruturadamente desalinhadas, cabelo estruturadamente embaraçado e óculos escuros (mesmo de noite, mesmo na balada, mesmo no cinema). Babasonicos e Soda Stereo são representantes desta vertente. O rock cheto encontra o rock intelectual (Charly García) nas música do cantor Spinetta (que eu amo de paixão).




El flaco (também conhecido como Spinneta), ainda jovem, toca minha canção preferida com a sua banda. O vídeo tem um som meio tosco, mas da pra ver bem o estilo da galera. O cantozinho no começo e no final do vídeo merece um post especial e é o maior legado da triáde  "rock-peronismo-futbol" à cultura nacional. 


  Têm também o rock glam (Virus e Miranda), o rock platense (aqui da terrinha) e milhares de outros adjetivos roqueiros que vão ficar para posts futuros.
  Como tudo na Argentina, o rock também é discutido, analisado, debatido e estudado em todos os lados. Da mesa do bar à carteira do colégio, da praça à faculdade, num paper acadêmico, no jornal, na tv etc ( a lista, acredite, pode ser infinita). Mas é uma delícia super argentina ligar o rádio em qualquer estação e escutar uma guitarra sem frescura. 




E para terminar, o video aí em cima da minha banda rock argentina favorita e que não foi mencionada (merece, sem dúvida, um post especial): Sumo. O vocalista era um italiano (da para perceber o sotaque, adoro!) que mudou o rock argentino. 


Ps: faltaram milhares de bandas, já sei. Mas é impossível fazer um estudo detalhado sobre a cultura roqueira em uma única madrugada e num único post.  







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